A VOLTA DA GARGALHADA - “Cabaré do Pastoril Profano” entra em cartaz no Teatro de Arena do Espaço Cultural
23/01/2016 00:06
Augusto Magalhães
A Companhia Paraibana de Comédia estreou ontem a versão 2016 do Pastoril Profano, intitulado “Cabaré do Pastoril Profano”, que permanece em cartaz no Teatro de Arena do Espaço Cultural, sempre às 20h30, de quinta a domingo, até o próximo dia 30. Os ingressos custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (estudante e idoso acima de 60 anos). Maiores informações podem ser obtidas pelo fone (83) 98888-4845.
Há mais de 20 anos em cartaz, o espetáculo do Pastoril Profano já faz parte do calendário cultural nas férias de janeiro em João Pessoa. De cara, isso garante que o Espaço Cultural estará mais movimentado neste mês, não apenas por ter uma programação especial de férias, mas também pela presença dos artistas da Companhia Paraibana de Comédia, o que deverá encher o teatro de arena de alegria, irreverência e
muitas gargalhadas.
No “Cabaré do Pastoril Profano” o público será surpreendido pela recepção das pastoras na platéia, onde o espetáculo já terá começado. Com músicas ao vivo, o público poderá pedir sua música de preferência, como se fosse escolher na radiola de ficha. A plateia será surpreendida também no final do espetáculo, quando uma grande surpresa feita pelos atores irá tomar conta de todo o teatro.
Segundo o diretor da Companhia, Edilson Alves, o “Cabaré do Pastoril Profano” vai falar do universo feminino que “retrata de forma irreverente alguns traços do cotidiano tipicamente da mulher, criando situações em que temáticas com virgindade, gravidez, prostituição e outras se sucedem em quadros que remetem ao antigo formato do teatro de revista”.
“A peça é repleta de picardia e possui cenas de escracho, deboche, teatro do absurdo e muita irreverência, marca da Companhia Paraibana de Comédia. Com textos de Saulo Queiroz e do próprio grupo, o espetáculo será uma extensão da peça “Fêmeas” que ganha uma nova montagem”, explica o diretor Edilson Alves.
Nesta montagem o espetáculo vai acontecer em um cenário que reproduz numa casa de shows, o "Cabaré do Pastoril'. É neste “Cabaré” onde acontecerão apresentações artísticas realizadas pela pastoras, como também shows musicais com temas do universo feminino. “A peça segue o mesmo modelo dos anos anteriores, no meio dos dois cordões com a distribuição das pastoras, onde cada cordão é comandado
pela Mestra e Contra-Mestra. “A Mestra é do cordão encarnado e a Contra-Mestra é do cordão azul. Já no meio encontraremos a Diana, vestida metade azul, metade encarnado. O Velho, conhecido como Dengoso é uma espécie de bufão, de palhaço de circo, que comanda as jornadas, os cantos das pastoras, e se esparrama em piadas, numa atuação que ressalta o histrionismo e a improvisação”, destaca.
É justamente o Velho Dengoso quem faz toda a trama acontecer. Ele incita as pastoras a mostrarem seus dotes e, de certa forma, acaba provocando as rixas entre elas. Com seu sarcasmo e apelando para situações de duplo sentido, o Dengoso é o fio condutor do espetáculo e, como não poderia ser diferente, ele também se diverte bastante e envolve a plateia em suas brincadeiras com as pastoras em cena. “Seus diálogos com as pastoras são cheios de duplo sentido com o público, puxa discussão, brincadeiras, faz trejeitos e canta canções adaptadas às suas necessidades”, completa.
No Pastoril, o foco é conseguir a atenção do público, a disputa da pastoras do cordão azul e cordão encarnado faz com o povo se decida por qual lado vai torcer.Na Lapinha, estes votos são disputados através da compra de votos e no pastoril através do aplausos em cena aberta.
No elenco do cordão encarnado estão Verinha (Dinarte Silva) , Ligth (Romildo Rodrigues) e Verônica (Aluisio Sousa). No Cordão azul estão Biuzinha (Adeilton Pereira) Irmã Luzinete (Sergio Lucena) e Dieth (Romilson Rodirigues), como Diana (pastora que dança tanto no cordão Azul, quanto no encarnado) a Mudinha (Alessandro Barros) e no centro o velho Dengoso (Edilson Alves).
Na técnica estão Nelson Alexandre responsável pelos cenários, figurinos, adereços e iluminação. Músicas de Genário Dunnas e Saulo Queiroz, execução de sonoplastia Wagner Nascimento. Músicos Milton Lima, Lourenço Molla e Emamuel Rodrigues. Produção Executiva de Giovanna Gondim, Wagner Nascimento e Antonio Hino. Realização Companhia Paraibana de Comédia.